Mais do que atrações turísticas imperdíveis, São Luiz do Purunã é um local de preservação, com áreas catalogadas e registros de valor incalculável que datam a pré-história.
Abrigo de metacalcário, a Gruta representa parte de uma antiga caverna em que estima-se ter abrigado populações pré-históricas. Em sua superfície foram realizadas raspagens que revelaram a presença de fragmentos de cerâmica neo-brasileira em bom estado de conservação. Seu aspecto geológico permite visualizar estalactites, estalagmites e colunas, além de um interessante depósito sedimentar com estruturas tipo plano-paralelas. Localizada em uma propriedade particular, a Toca da Onça necessita de permissão para visita. Uma curiosidade é que o local ganhou este nome quando uma onça de 108 quilos foi encontrada e abatida em seu interior.
Em dois pontos juntos à rodovias BR 376 e BR 277 foram encontrados registros palentológicos com pistas fósseis de trilobitas em sedimentos de antigos fundos oceânicos e também a presença de uma boa extensão de estrias glaciais, comprovando a presença de geleiras a 250 milhões de anos. Também foram identificados registros sedimentares marinhos e de fundo de canais fluviais, que hoje estão a mais de 1.000 metros de altitude. Nas proximidades da Igreja do Tamanduá existem grandes solapamentos em rochas conhecidos como furnas, assim como boqueirões e panelões junto aos riachos, documentando os dinâmicos processos de erosões e intemperismo diferenciados.
O sítio geológico denominado Incofósseis de São Luiz do Purunã está localizado no alto da Escarpa Devoniana, no segundo planalto paranaense. Construído por um afloramento da formação Furnas (Grupo Paraná), preservam impressos na rocha, atividades biológicas de invertebrados produzidas há aproximadamente 400 milhões de anos. Um local especial e protegido, tombado pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural do Estado do Paraná.
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